João da Mata Machado (I639)
Pouso Alto do Serro é
hoje Presidente Juscelino, MG.
Esmerava-se muito na educação de sua prole e fez com que todos os filhos
estudassem e se formassem, a exceção de Augusto, que optou pela carreira
comercial. Mas a esse, ele exigiu uma declaração por escrito em tal sentido.Estabeleceu o Morgado dos Matta Machado.
Seu nome se deve ao fato de ter nascido no dia de São João da Mata. Para os espanhóis, São João da Mata nasceu dia 10 de março, e não dia 8 de fevereiro como registra a fé católica portuguesa. Seu bisneto Aires da Mata Machado, um dos primeiros a retirar o duplo "T" do sobrenome, dizia que, se fôssemos seguir a grafia correta, deveria se escrever "Matha", pois o santo do dia oito de fevereiro era francês e esta deveria ser a grafia.
Dizia que um homem devia fazer apenas uma coisa durante a vida, e essa o mais bem feito possível. Também dizia que os moços deveria casar quando chegassem aos 30 anos e tivessem 100 contos.
Foi comerciante de diamantes desde pequeno até os últimos dias de sua vida.
Aprendeu o francês, provavelmente com a mãe. Autodidata que era, adquiriu razoável cultura.
Comprava diamantes que lhe eram oferecidos e mandava seus capangueiros comprar dos garimpeiros. Ainda recebia partidas de pedras preciosas de diversos negociantes e empreendia longa viagem até a corte no Rio de Janeiro. A viagem era difícil e perigosa. Enorme distância a ser vencida por animais, através de péssimas estradas, e os assaltos dos ladrões da Mantiqueira, os quais atacavam os comboios para roubar as mercadorias. Os vendedores de pedras formavam suas próprias polícias, armando numerosos escravos, para os acompanhar.
A vida de João da Matta foi praticamente isso: comprar diamantes em seu torrão natal e vendê-los no Rio de Janeiro. Conta-se que, doze dias depois de casado, empreendeu ele uma dessas viagens.
Até Juiz de Fora realizavam a penosa travessia em lombo de animais, mas aí encontravam-se as diligências, que corriam até o Porto da Estrela, no fundo da baía da Guanabara. Apeando das carruagens os viajantes tomavam as barcas e desciam no Cais dos Mineiros, assim chamado pela procedência dos que ali desembarcavam.
Conseguiu adquirir razoável fortuna com o comércio de diamantes. Quando o negócio sofreu grande revés com a descoberta das minas do cabo, na África do Sul, os mineiros tiveram que ir à Europa para vender seus diamantes. Acontece que lá só queriam o diamante lapidado ou o brilhante. A lapidação era feita na Holanda, com altos custos, o que acarretou grandes prejuízos a muitos comerciantes. João da Matta tratou de fundar sua própria fábrica de lapidação de diamantes em Diamantina. Chamada Formação. Ele era bom comerciante e, quando as "vacas magras" chegaram, já tinha acumulado capital, comprando boas casas na cidade e uma grande chácara na Pulquéria.
Origem:
2ª Geração (da Matta Gâmboa de Mello e Minas/Niza)
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